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Pesquisadores da COC reúnem em exposição cartazes das campanhas de prevenção do câncer do colo do útero no Brasil

A trajetória das ações empreendidas no país com o objetivo de controlar o câncer do colo do útero foi retratada na exposição sobre o tema durante o 14º Congresso Mundial de Patologia Cervical e Colposcopia, em julho de 2011.

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Panorama dos painéis expostos no Congresso

 

A observação dos quinze painéis permitiu perceber as transformações na abordagem dessa doença: a proposta de tratamento centrado no medo e no combate aos tumores em estágios avançados deu lugar a uma nova concepção de educação em saúde, voltada para a descoberta precoce, a prevenção e a promoção da saúde da mulher brasileira.

A exposição foi elaborada pelos integrantes do Projeto "História do Câncer – atores, cenários e políticas públicas", uma parceria do Instituto Nacional de Câncer com a Casa de Oswaldo Cruz – Fiocruz. Coordenado pelos pesquisadores Luiz Antônio Teixeira e Marco Porto, este projeto tem como principais objetivos analisar a trajetória das ações de controle do câncer e recuperar fontes documentais e iconográficas relevantes para essa história.

"O câncer do colo do útero é um problema de saúde pública no Brasil", ressalta Luiz Antonio Teixeira, ao explicar que se trata de uma doença comum na população feminina, e corresponde à quarta causa de morte de mulheres com câncer no país". Ele lembra ainda que, apesar da alta incidência e da gravidade da doença, as lesões iniciais podem ser detectadas pelo "Papanicolau", um exame preventivo.

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Pesquisadores do projeto no evento

 

A exposição mostrou que uma parte central da estratégia de controle da doença consiste na conscientização da população feminina, sobretudo das mulheres da faixa etária de maior risco. A partir de meados do século passado, diversos materiais educativos e cartazes buscaram atingir esse objetivo.

Durante o congresso, o Instituto Nacional de Câncer (Inca) apresentou as novas diretrizes para o rastreamento do câncer do colo do útero no Brasil. A principal novidade do documento é a ampliação da faixa etária da população a ser submetida ao exame preventivo, que antes era dos 25 aos 59 anos de idade, e agora passa a ser até os 64.

As novas diretrizes para o rastreamento do câncer do colo do útero no país foram elaboradas por diversas instituições de saúde, que atuaram em parceria: o Inca; a Fiocruz, através do Instituto Fernandes Figueira; o Instituto de Ginecologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IGUFRJ); a Associação Brasileira de Patologia do Trato Genital Inferior e Colposcopia (ABPTGIC) e a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo).

Essas diretrizes fazem parte do Plano Nacional de Fortalecimento das Ações de prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer do colo do útero, do Ministério da Saúde, e foi lançado pela presidente Dilma Rousseff em março de 2011, em Manaus.

Este sítio foi desenvolvido pela Casa de Oswaldo Cruz | Fiocruz